sexta-feira, 16 de abril de 2010

Pequenas alegrias urbanas (26) -- A única

Quando soube que ele tinha morrido, de uma prosaica pneumonia, ela pôs a mão no peito, fingiu estar com uma palavra entalada na garganta e piscou, piscou várias vezes, tentando espremer uma lágrima. Mas por dentro sentia uma satisfação enorme, plena, incomparável. Jamais aquele homem poderia lhe dizer que só daria atenção a ela no dia em que fosse a única mulher do mundo.

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