quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Lírica (642) - Travesseiro

Sabia que tinha alma porque ela lhe doía insuportavelmente de manhã, à tarde e à noite, se de manhã, à tarde e à noite a bem-amada não respirasse o ar que ele respirava. E doía-lhe também, e quanto, nas madrugadas em que, acordando, olhava para o lado e via o travesseiro vazio.

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