terça-feira, 5 de outubro de 2010

Lírica (843) - Ramo

Na tarde em que o mundo estiver sofrendo sua agonia final, os homens, morrendo todos na última de suas insanas batalhas, não verão, porque o céu estará ensanguentado pelas chamas e enegrecido pela fumaça, um passarinho que estará tomando um rumo que não será nem norte, nem sul, nem leste, nem oeste (apenas mais quatro dessas pobres e presunçosas convenções humanas) e levará no bico um ramo de oliveira.

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