sábado, 9 de outubro de 2010

Lírica (918) - Só mais uma sílaba

Deixou a caneta livre para escrever o que ela quisesse, e ela escreveu: amor. Sorriu e, se a caneta fosse objeto abraçável, ele a abraçaria. Parecia um bom augúrio. Deveria ter se contentado e fechado o bloquinho, mas deu à caneta liberdade para escrever mais alguma coisa que ela quisesse. Ela aproveitou a palavra amor, que ainda cintilava com sua tinta vermelha no papel, e acrescentou uma sílaba: te.

Nenhum comentário:

Postar um comentário