quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A gaveta (80) - Soneto do que podias ser

Serias tudo para mim. O lar
Tranquilo que criança não possuí
E as nosssas gozariam, junto a ti
E junto a mim. Serias o lugar

Em que eu me achasse, aqui, além, ali,
Pois nada te haveria de afastar.
Serias o milagre a me ensinar
O riso franco em que jamais eu cri.

Serias humildade em minha história
Mas meu relato não seria mudo,
Pois que a dorida e inatingível glória,

Que tua ausência me mandou colher,
Seria nada, tu serias tudo.
Serias tudo, não quiseste ser.

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