quinta-feira, 28 de abril de 2011

A gata

Viúvo, mima sua melancolia como se fosse uma gata velha e doente. Toca Débussy, Chopin e Ravel para ela, lê trechos elegíacos de Rilke, leva-a até a janela para ver as tardes sombrias e chuvosas e, à noite, depois de acomodá-la na cama, ao lado dele, conta-lhe histórias sempre tristes, para que ela não se desvirtue.

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