segunda-feira, 30 de maio de 2011

Castigo

Tivemos tudo, bebemos
O sumo doce, o licor,
Nos embriagamos de amor
E ao céu não agradecemos.

Do inverno nos esquecemos,
E do que foi esplendor,
E brilho intenso, e calor,
É neve agora o que temos.

Ah, manhãs rubras e quentes,
Ah, mornos frutos pendentes,
Ah, douradíssimas tardes,

Agora nós já sabemos
Como vos celebraremos
Se acaso um dia voltardes.

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