quarta-feira, 1 de junho de 2011

De amor

Com o grosso volume da obra integral do poeta nas mãos, o crítico lhe disse que todos os poemas do livro falavam de amor. E, para que não soasse fútil a afirmação, pegou um papel: "Eu anotei. São duzentos e seis poemas, todos, todos, todos de amor." O poeta, que estava com sua célebre canetinha Bic e seu caderno, rabiscou algumas palavras no final da folha e, feliz, disse: "Pode pôr mais um na conta. Duzentos e sete, então, é isto?"

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