sábado, 27 de agosto de 2011

A toalha

Ele se lembra da mão dela perto da sua. Chegaram quase a se tocar, naquela tarde, e toda a história poderia ter sido diferente. Dois centímetros mais, três, uma ousadia mútua que vencesse aquela distância, tão pequena e, no entanto, intransponível. A oportunidade se ofereceu a eles por meio minuto, não mais. Depois, a mão dela se afastou, e também a dele, e ficou entre os dois a toalha do restaurante, branca, imensa, fria, triste como uma planície nevada.

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