terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A árvore

Te acostumaste a ouvir minha voz e não a distingues mais das outras. Eu grito, no meio da avenida ou na galeria, e olhas para todos os lados, menos para aquele em que estou. Ontem à tarde, tive uma esperança. Eu te seguia, enquanto caminhavas pelo parque quase silencioso, e te chamei. Olhaste para uma árvore, e eu quis ser uma pena de passarinho ou um fruto que a gravidade fizesse cair mansamente no teu colo.

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