segunda-feira, 7 de maio de 2012

Formas de amor

Li tantos poetas e para quê? Um dos primeiros foi Casimiro de Abreu e ele me bastaria. Casimiro fala de amor como quem fala da mais importante dádiva da vida. Há melhor maneira de falar dele? Se houver, não me digam, por favor. Prefiro desconhecê-la. Quem? Vinicius de Moraes? Bom, pode ser. Vá lá. Um amor um pouco mais avançado, mais... interesseiro. Já que a moda são as faixas etárias, fiquemos assim: dos doze aos dezesseis, Casimiro; dos dezesseis aos vinte, Vinicius. E dos vinte em diante? Dos vinte em diante, recorram a sinônimos, já sabendo que qualquer um deles será não mais que uma imitação, um reflexo. Esses sinônimos, se posso sugerir alguns, seriam, em suas formas mais significativas, o prazer, a paixão, a luxúria, e, nas manifestações mais benignas, a simpatia, o afeto e a amizade, sendo esta a mais morna e desinteressante de todas.

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