sábado, 20 de outubro de 2012

Entrem no meu sítio

Volta e meia ressurgem movimentos que pretendem defender a língua portuguesa da invasão de estrangeirismos. A intenção pode ser boa, mas as propostas habitualmente são tão descabidas que chamá-las de ridículas é o mínimo que se pode fazer. A bizarria tem sido a marca desses movimentos, quando assumem essa feição extremada. Caçar (e cassar) palavras oriundas de outros idiomas é o deleite desses puristas há muitas décadas. Lembro-me de gramáticas que propunham a substituição de jeep não por jipe, mas por "automóvel rude", de garage não por garagem, mas por "recolha de autos", de maillot não por maiô, mas por "fato de malha", e de reporter não por repórter, mas por "relator". Uma das mais estapafúrdias dessas sugestões é a de usar "sítio" em vez de site. É caso de rir ou de chorar?

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