quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Um poema de Mário de Sá-Carneiro

"FIM

Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!

Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
E eu quero por força ir de burro!"

(Do livro Poesia de Mário de Sá-Carneiro, coleção Nossos Clássicos, publicado pela Livraria Agir Editora.)

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