segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Um soneto de Y. Fujyama

"Quero amar sobriamente
sem paixão adolescente.
Não ver na mulher a pura
fonte ou tranquila figura.
Aceitar mesmo o enfastio
às vezes, e mesmo um frio
abraço à noite, na cama.
Contudo, sei que me amas.
Amanhã volto a sorrir,
E se te deixas despir
ri também a carne nua.
Então, por que esse amuo?
Logo estaremos cantando
neste quarto, vasto mundo."

(Do livro A manhã e seus deuses, publicado pelo Clube de Poesia, São Paulo.)

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