segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Pela concisão e pela ecologia

Cortar, suprimir e despojar devem ser verbos presentes sempre na mesa de trabalho do escritor. Assim como um pai precisa estar pronto para ver defeitos mesmo no seu filho mais querido - ainda que na opinião alheia ele seja perfeito -, ao escritor cabe tratar com severidade seus textos. Ele há de ser seu leitor menos condescendente e não ter piedade com palavras ou trechos que, retirados, não fazem falta nenhuma ao conjunto. A concisão há de ser sempre uma de suas metas principais. Um dos apelos do movimento em defesa das árvores - e do meio ambiente, por extensão - deveria ser dirigido a escritores que, podendo muito bem dar seu recado em cento e cinquenta páginas, se derramam em quatrocentas e quarenta e ainda prometem uma sequência.

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