segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

De Proust, sobre a "madeleine"

"Mas, quando nada subsiste de um passado antigo, depois da morte dos seres, depois da destruição das coisas, sozinhos, mais frágeis porém mais vivazes, mais imateriais, mais persistentes, mais fiéis, o aroma e o sabor permanecem ainda por muito tempo, como almas, chamando-se, ouvindo, esperando, sobre as ruínas de tudo o mais, levando sem se submeterem, sobre suas gotículas quase impalpáveis, o imenso edifício das recordações."

(De Em busca do tempo perdido, tradução de Fernando Py, publicado pela Ediouro.)

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