sábado, 23 de março de 2013

E sempre...

... dirão que finges, que simulas, que ofereces rosas falsas. Prefeririam que fossem aquelas de floricultura, entregues por um rapaz educadíssimo que aceitaria a gorjeta com um bem treinado constrangimento. As rosas do coração, regadas com as lágrimas das noites de insônia, convenhamos, não são a mesma coisa. Quem acreditará que em 2013 alguém passe dezoito horas por dia fazendo poemas, e faça duzentos, trezentos, e ainda ache pouco? Ah, devem ter sido copiados de antologias. Quem seria idiota, hoje, de fazer isso por amor? Há tantas outras formas, bem mais práticas e modernas... Em que época pensas estar? Há quanto tempo morreram Dante e sua Beatriz...

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