quarta-feira, 29 de maio de 2013

Boa noite...

... para o jovem poeta que, em algum lugar do mundo, estiver compondo estrofes que um dia o levarão ao Nobel de Literatura. Daqui a trinta ou quarenta anos, em Estocolmo, ele no seu discurso talvez se lembre de hoje e do seu sonho. Alguns conseguem isso - consumar seu sonho - e é mais do que merecida a celebração do feito. Eu, provavelmente por despeito, prefiro manter a convicção de que os sonhos não existem para ser consumados. Os sonhos, principalmente os de amor, são a melhor criação do homem. Vangloriar-se deles - e da dor que nos causam - é belo. Vangloriar-se de sua consumação é quase ignóbil. Já se vê que falo de amor num sentido muito especial, num amor que talvez seja vedado ao homem, um amor fugidio como as nuvens claras.

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