domingo, 23 de junho de 2013

Boa noite e...

... que os amores encontrem ao menos acolhida hoje, se não encontrarem guarida. Que se dê a eles um desconto, ou todos, e que, zeradas as contas, os corações possam alvoroçar-se de novo. Que se reconheça que eles nunca agem por maldade e, se besteiras cometem, é pelo seu natural avoamento quando estão possuídos pelos desígnios de Eros. Que sejam todos perdoados, todos menos o meu, naturalmente - este, já se vê, foi condenado ao degredo, às galés, aos trabalhos forçados e àquela execração que tão bem soa em latim: per omnia saecula saeculorum.

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