quarta-feira, 26 de junho de 2013

Soneto do Amor bastardo

Mesmo com a fama e apesar do
Respeito que inspira o nome,
Do seu brilho e do seu renome,
O Amor é um filho bastardo.

E os que recebem seu dardo,
Seja mulher ou seja homem,
No seu fogo se consomem
E carregam o seu fardo.

E se, julgando-o divino,
Alguém alívio lhe pede,
Ele jamais o concede.

O Amor é reles, mofino,
E de deus não possui nada
Além da falsa fachada.


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