quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Aqui, tranquilo

Se pudesse, não sairia mais de casa. Agrada-me ficar aqui, lendo e cochilando, como convém à minha idade. Não tenho mais o que buscar lá fora. Recebo cada vez menos convites para bate-papos em colégios, e outros assuntos não me seduzem mais. Vou-me desinteressando do mundo, e ele me retribui na mesma moeda. Interessa-me a arte, só ela, e me censuro por não ter me dedicado mais a ela, ao conhecimento da pintura, da escultura, da arquitetura, da música. Se há alguma importância no homem, é o legado que ele deixa registrado na arte. Que obras maravilhosas é capaz de produzir quem não é nada além de pó. Quando o homem atinge a culminância de sua arte, faz cócegas nos pés de Deus.

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