segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Soneto dos amargos frutos

Chegaram enfim os dias.
Nós, que tristezas plantamos
E com desvelo as regamos,
As vemos hoje sadias.

Quando a semente lançamos,
Tu nem sequer pensarias
Em árvores tão esguias,
Com tão majestosos ramos.

Também eu não. A semente
Vingou bem rapidamente
E hoje, quando fomos ver,

Os tristes frutos estão
Tão perto de nossa mão,
Que só nos resta colher.

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