domingo, 22 de dezembro de 2013

O amor colheu...

... no caminho uma flor e a levou à amada. Ela agradeceu. Já a sala estava repleta, para a ceia, e alguns dos convidados sorriram. O amor julgou ver nos sorrisos certo escárnio. Uma das mulheres balançou a cabeça. O amor perguntou à amada se ela não ia colocar a flor num vaso. Ela lhe pediu que ele mesmo fizesse aquilo, porque ela precisava pegar ainda algumas coisas na cozinha. A ceia foi agradável. O amor bebeu um pouco e logo se sentiu à vontade. Depois da ceia, todos começaram a abrir os presentes. O amor, que tinha deixado o jarro com a flor em cima da cristaleira, pegou-o e o entregou. "Ah", disse a amada, deixando o jarro de lado e pondo-se a abrir um pacote do qual saiu outro pacote e outro e outro, até o último. "Ah", disse a amada, beijando a amiga que lhe dera o presente. "Era disso mesmo que eu estava precisando." As duas riram. A amada apertou o botão e o objeto começou a vibrar. Ela se aproximou do amor e o beijou: "Obrigada pela flor. Você é tão gentil, sempre." O amor olhou para o rival, que continuava vibrando.

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