quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Soneto do comensal do amor

Do amor já fui comensal
No tempo feliz de outrora,
E ele, tão sovina agora,
Foi meu açúcar, meu sal.

Nunca ele me tratou mal,
Nunca me deixou de fora,
Toda hora era boa hora,
E o tratamento, cordial.

Eu era jovem então,
Meus fados eram propícios,
E o amor me usou em seus vícios,

Em sua devassidão.
Paguei jantares e almoços
Com a rica moeda dos moços.


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