sábado, 22 de fevereiro de 2014

A hora dos balanços

Agora que chegou a hora dos balanços, sinto ter ousado tão pouco, na vida e na literatura. Empenhei-me para compor uma figura, ter uma voz e uma identidade únicas. E me fiz tão ridiculamente austero que perdi a oportunidade de me divertir, de viver. Fui sério demais, presunçoso demais, tolo demais. A vida e a literatura não chegam a ser baboseiras, mas também não vão muito além disso.

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