sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Soneto da ilha amaldiçoada

Comigo as coisas sucedem
De modo bem singular.
Os outros nada me pedem
Nem tenho nada a lhes dar.

Sou como uma ilha maldita
Onde, num tempo distante,
Encontrou morte e desdita
Um infeliz navegante.

Já mais ninguém me procura,
Ninguém jamais se aventura
A aproximar-se de mim.

O capitão que afoguei
Me amaldiçoou e serei
Maldito sempre, até o fim.

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