terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Soneto dos fantasmas que me atormentam

Enquanto durmo, não sei
Nem quero saber de Lorca,
De Gertrude, aquela porca,
De Scott e nem de Hemingway.

Enquanto durmo, eu espaços
Não abro para Flaubert,
Para Pascal ou Voltaire,
E nem para John dos Passos.

Enquanto durmo, eu me isento
Do indescritível tormento
Que impõe a literatura.

Mas quando acordo vêm Eça,
Machado, Orígenes Lessa,
E recomeça a tortura.

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