quarta-feira, 30 de abril de 2014

Soneto de como o amor foi um rio

O amor era como um rio
Que as águas encapelava
E rumo ao mar as lançava
Como um animal bravio.

Como leoa no cio,
Tudo ao passar arrastava
E seu rugido causava
Um pavoroso arrepio.

As águas foram rareando,
O rio foi se amansando
E agora não ruge mais.

Quem há de esperar rugidos
Se em seus meandros poluídos
Nadam mortos animais?

Nenhum comentário:

Postar um comentário