terça-feira, 29 de abril de 2014

Soneto do amor execrável

Quando a pureza despreza
E em sordidez se consome,
O amor não vale o que pesa,
O amor não paga o que come.

O amor verdadeiro, o amor
Que se canta em verso e prosa,
Se a algo comparado for,
Que seja sempre a uma rosa.

Quando o amor é simplesmente
Um item, um ingrediente
Para o prazer aumentar,

Ele não vale o sabão
E a esponja que do colchão
As manchas irão tirar.

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