sábado, 17 de maio de 2014

Quando anoitecer

Quero o que tiveres de mais salgado e pecaminoso. Embora maus, sei fazer versos líricos e conheço três floriculturas. Posso oferecer-te poemas e rosas ou, se preferires, um gato de espécie exótica. Andarei, se quiseres, de mãos dadas contigo no parque e falaremos de literaturas e filosofias, enquanto houver sol. Mas, quando anoitecer, puxa-me para a grama. Puxa-me, ou puxo-te eu. Puxa-me e ensina-me tudo que tiveres aprendido nos livros de pornografia. Ensina-me, ou ensino-te eu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário