segunda-feira, 19 de maio de 2014

Soneto dos deuses que perderam o poder

Com a influência há muito já finda,
Num velho a.C ou d.C,
Os deuses, sem saber por que,
Às vezes nos chamam ainda.

Sabemos, eu e você,
Como nossa afeição linda,
Que nos pareceu infinda,
Morreu, sem quê nem porquê.

Nós rogamos com fervor
A um desses deuses, o Amor,
O dom da ressurreição.

Ele tinha então poder,
Mas o usou para dizer
Só uma palavra: não.

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