quinta-feira, 22 de maio de 2014

Um poema de Emily Dickinson

"A alma escolhe sua companhia
E fecha a porta, depois.
Em sua augusta suficiência,
Cessam as intromissões.

Indiferente, vê as carruagens
Parando junto ao portão;
Indiferente, um rei de joelhos
Sobre suas alfombras.

Sei que, dentre uma vasta multidão,
Ela escolheu um ser apenas;
Depois, cerrou as aldravas de sua atenção,
Feito pedra."

(De Poemas escolhidos, tradução de Ivo Bender, publicação da L&PM.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário