sábado, 14 de junho de 2014

Soneto de quem pensou brilhar sempre

Bonita ao menos ela era,
Não o negará ninguém.
Inconsequente, porém,
E vã como a primavera.

Brilhava como se espera
Que possa brilhar alguém
Que brilhe assim como quem
Somente em brilhar se esmera.

Enquanto o sol perdurou,
Brilhava, ah, como brilhava,
Brilhou, ah, como brilhou.

Pensou que o brilho bastava.
Tola, nisso acreditou,
Enquanto o sol se apagava.

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