terça-feira, 10 de junho de 2014

Soneto dos três anos passados

Dezembro traz ao seu peito
O sentimento doído
Daquele sonho desfeito,
Seu Paraíso Perdido.

Se do metrô ele desce,
Depois sobe a escadaria,
Tudo ainda hoje lhe parece
Como era naquele dia.

Na livraria, as estantes
Parecem as mesmas de antes,
E são; e o resto, também.

Três anos já se passaram,
E as coisas se conservaram.
Mas espere - falta alguém.

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