quarta-feira, 25 de junho de 2014

Um poema de Emily Dickinson

"O coração tem bordas estreitas
E, feito o mar, se mensura
Por um poderoso baixo contínuo
E monotonia azul

Até que um furacão o seccione
E, enquanto descobre
Seu insuficiente espaço,
Aprende em convulsões

Que a calmaria é tão só muralha
De intocada gaze:
A pressão de um instante a destrói,
Um questionamento a esgarça."

(De Poemas escolhidos, tradução de Ivo Bender, publicação da L&PM.)

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