sexta-feira, 18 de julho de 2014

Soneto de quem, morto, não te proclamará

Se eu morrer, quem te dirá
De maneira tão singela
Que mulher assim, tão bela,
Não há nem nunca haverá?

Quem será tão inocente
Que ao tua graça proclamar
Fará teu olhar rimar
Com esplendorosamente?

Quem, sendo embora verdade,
Chamar-te, amada, ousaria
De mais brilhante dos astros?

Por essa temeridade
Detenho já a honraria
De poetastro dos poetastros.

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