quinta-feira, 17 de julho de 2014

Soneto que ousa colorir amores fanados

Amores tristes, falhados,
Amores meigos e ternos,
Que com pretensão de eternos
Viveram dias contados.

Amores que se julgaram
Perenes em sua história
E já nem mais na memória
Vivem dos que os abrigaram.

Amores prosaicos, tolos,
Quem pôde especiais supô-los,
Amores pobres, de quinta?

Só eu, gorados amores,
Para enfeitá-los de cores
Ainda gasto minha tinta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário