sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Um poema de Marina Tsvetáieva

"Dois sóis congelam - tende piedade, ó deus! -
Um - no teu céu, outro - no peito meu.

Como esses sóis - algum dia terei cura? -
Como esses sóis levaram-me à loucura!

E ambos congelam - o seu raio não dói!
E o que gela antes é o mais quente dos dois."

(De Indícios flutuantes, tradução de Aurora F. Bernardini, publicação da Martins Fontes.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário