segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Soneto do amor e do sexo

O amor é muito covarde.
Quer sempre esquentar o jogo,
Porém assim que arde o fogo
Finge não notar que ele arde.

E depois que o incêndio pega
E tudo põe-se a queimar,
O amor insiste em negar
E, contra a evidência, nega.

O sexo é mais consequente.
Tomado pela paixão,
Queima desvairadamente.

Mas ao contrário do amor
Ele não recua, não
Rejeita a chama e o fulgor.

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