quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Soneto das duas naus

Buscando o amor, duas naus,
Uma de nobres guerreiros,
E a outra de flibusteiros,
Por ventos bons e por maus

Lançaram-se pelos pélagos,
Rondaram todas as ilhas
E com o furor de suas quilhas
Rasgaram os arquipélagos.

Depois de intensos tormentos
O desatino dos ventos
A nau dos bons afundou

E o canto dos vencedores,
Dos vis, dos estupradores,
Sobre as ondas se elevou.

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