sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Soneto do que se prometeu

Desculpe, minha querida,
Mas eu vou decepcioná-la.
Eu lhe prometi a vida,
Mas já não quero mais dá-la.

Jamais, querida, a traí,
Lhe digo com convicção,
Mas você, pelo que ouvi,
Não pode dizer que não.

De nós, a vida quem deu
Foi você, minha adorada,
Mas não a quem prometeu.

Você a deu a mais de um,
E a alguns em dose dobrada,
Mas nenhum era o Raul.

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