quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

"Uma alameda do Luxemburgo", de Gérard de Nerval

"Ela passou, a rapariga
Tal como um pássaro. Na mão,
Leva uma flor, luzente amiga;
Na boca, o mais novo refrão.

Talvez só ela, nesse mundo,
A meu fervor responderia,
E a minha noite, a tocar fundo,
Com um só olhar aclararia!

Que nada... Foi-se a juventude.
Adeus, clarão que me luziu.
Ó rapariga, ó plenitude...
Era a ventura - já fugiu!"

(De Cinquenta poemas, tradução de Mauro Gama, publicado pelo Ateliê Editorial.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário