segunda-feira, 6 de abril de 2015

Soneto da inevitabilidade do amor

Talvez, se eu fosse um homem precavido,
Dotado de prudência e de bom-senso,
Imune ao descalabro e ao contrassenso,
Não tivesse ao amor me submetido.

Sinto o meu pensamento dividido
Sempre que nesse grave assunto penso.
Penso que errei, que não, depois repenso
E de uma e de outra conclusão duvido.

O amor é uma tamanha realidade
Que se for falso ou se for de verdade
Em nós o mesmo efeito causará.

Já que bateu um dia à nossa porta,
Se mentiu, ou se não, já não importa.
Jamais vamos deixá-lo ao deus-dará.

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