terça-feira, 21 de abril de 2015

Soneto em que se exorta uma dama

Por esta intensa ternura
Que sempre tive por ti,
Abraça-me com loucura,
Beija-me com frenesi.

Repete-me aquela jura
Que uma vez de ti ouvi,
Jura de novo, rejura,
Finge que não a entendi.

Esquece que és uma dama,
Me morde a boca, me arranha,
Grita que me amas, exclama

Que sou teu dono e senhor,
E acalma em mim esta sanha,
Este fogo, este furor.

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