domingo, 17 de maio de 2015

Soneto da morte que talvez mereçamos

De todos os condenados
Que o amor fez executar
Só a nós coube lamentar
Havermos sido poupados.

Como escória rejeitados
Só nos restou invejar
E a boa sorte exaltar
Dos companheiros amados.

Talvez, quem sabe, algum dia
Também nos possa caber
Essa suprema honraria

De ter a sina adequada
E de pelo amor morrer
A morte mais abençoada.

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