sexta-feira, 3 de julho de 2015

"Numa estação de Metrô", de Óscar Hahn

"Desventurados os que divisaram
uma jovem no Metrô

e se enamoraram de golpe
e a seguiram enlouquecidos

e a perderam para sempre entre a multidão

Porque eles serão condenados
a vagar sem rumo pelas estações

e a chorar com as canções de amor
que os músicos ambulantes tocam nos túneis

E quem sabe o amor não é mais do que isso:

uma mulher ou um homem que desce de um carro
em qualquer estação de Metrô

E resplandece para sempre
e se perde dentro da noite sem nome."

(De Poetas da América de canto castelhano, tradução de Thiago de Mello, publicação da Global Editora.)

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