sábado, 4 de julho de 2015

Soneto da difícil tarefa de viver

Se tivéssemos morrido
No tempo que nos cabia,
Teríamos nos abstido
De nossa atual agonia.

Teríamos já cumprido
Aquilo que nos cumpria,
E o que nos é exigido
Ninguém mais exigiria.

Querem que nos entreguemos,
Querem que participemos,
Exigem-nos que vivamos.

Agora como fazer?
Jamais soubemos viver,
Por que mortos não estamos?

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