domingo, 12 de julho de 2015

Soneto do fantasma do amor

Mesmo bem depois de dar
Seu suspiro derradeiro,
O amor volta e, zombeteiro,
Se põe a nos assombrar.

Não se contenta em andar
Nos seguindo o dia inteiro.
Atrevido, palpiteiro,
Nosso rumo quer traçar.

E à noite, quando tentamos
Nos livrar e nos deitamos,
Não conseguimos dormir.

Ele nos rodeia a cama,
Nos jura que ainda nos ama
E começa a se despir.

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