quinta-feira, 9 de julho de 2015

Um trecho de Milan Kundera

"Não há nada a fazer: a consciência histórica é a tal ponto inerente a nossa percepção de arte que esse anacronismo (uma obra de Beethoven datada de hoje) seria espontaneamente (isto é, sem a menor hipocrisia) sentido como ridículo, falso, incongruente, até monstruoso. Nossa consciência da continuidade é tão forte que interfere na percepção de cada obra de arte."

(De A cortina, tradução de Teresa Bulhões Carvalho da Fonseca, publicação da Companhia das Letras.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário