quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Soneto dos dois sonsos no metrô

Às vezes assim, do nada,
Com seu estilo retrô,
Numa estação do metrô
Completamente apinhada,

O amor inventa um roteiro
E provoca um esbarrão
Desprovido de intenção
Entre uma e um passageiro.

Os dois corações palpitam.
Deus, nunca bateram tanto!
Porém, tímidos, hesitam

E quando vão perceber
Ele está só, em um canto,
E ela acabou de descer.

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